O cenário do marketplace brasileiro mudou de patamar. A Amazon não apenas consolidou sua presença, mas acelerou a disputa por market share ao investir pesado em logística, tecnologia e suporte ao vendedor. Para quem atua ou pretende atuar como Amazon Seller, o momento é de oportunidades reais, mas também de novos desafios. O recado é claro: quem não profissionalizar sua operação e não acompanhar a evolução da plataforma ficará para trás.
Por Que o Amazon Seller Está em Alta?
O número de vendedores ativos na Amazon Brasil ultrapassou a marca de 100 mil em 2024, com 99% representando pequenas e médias empresas. O marketplace movimentou R$ 11,3 bilhões em vendas no último ano, consolidando-se como uma das principais vitrines para quem busca escala e acesso direto ao consumidor final[1]. Na prática, isso significa que o ambiente está mais competitivo, mas também mais maduro, com oportunidades para quem domina gestão de estoque, precificação e experiência do cliente.
O sinal para o mercado é claro: a profissionalização virou requisito mínimo para capturar valor nesse ecossistema.
O Que Muda com a Nova Logística da Amazon?
A Amazon anunciou a expansão do programa Fulfillment by Amazon (FBA) para além de São Paulo, mirando incentivos fiscais e a abertura de 46 novos centros logísticos em 2025. Isso eleva o patamar de eficiência operacional, reduzindo prazos e custos de entrega para sellers de diferentes regiões do país[1].
Além disso, o lançamento do Self-Delivery, previsto para o segundo semestre de 2025, permitirá entregas no mesmo dia ou em até três horas em grandes cidades, com expansão nacional via parceria com os Correios. O desafio agora será adaptar a cadeia de suprimentos e o atendimento para padrões de agilidade que o consumidor já espera em outros mercados globais.
Quem se antecipar a este movimento, captura valor.
Ferramentas de IA: O Que Realmente Facilita para o Seller?
A Amazon está lançando soluções como Registration Hub e Listing Hub, além de ferramentas de inteligência artificial para automatizar a criação de páginas de produto a partir de descrições, imagens e URLs[1]. Na prática, isso reduz a barreira de entrada e diminui o tempo para colocar novos SKUs no ar, otimizando a gestão de portfólio.
O benefício direto é a possibilidade de testar rapidamente novos produtos e ajustar estratégias de sortimento, sem depender de equipes robustas de TI ou marketing. Isso se traduz em uma janela de oportunidade para pequenas operações crescerem com agilidade.
Comunicação e Suporte: O Fator que Pode Limitar o Impacto do Programa
A Amazon está investindo em canais de suporte mais próximos, como atendimento via WhatsApp, para acelerar a resolução de dúvidas e problemas dos sellers[1]. Embora isso represente uma evolução, o grande desafio será garantir padronização e escala sem perder a qualidade do atendimento.
O recado para quem busca competitividade é: monitorar de perto os indicadores de suporte e usar a inteligência de mercado para antecipar gargalos no relacionamento com a plataforma.
Amazon Seller vs. Vendor: Qual Estratégia Faz Mais Sentido?
O Seller vende diretamente ao consumidor, define preços e pode optar por logística própria ou FBA. Já o Vendor vende no atacado para a própria Amazon, que passa a controlar preços, estoque e logística[2]. O Seller tem autonomia e acesso direto ao cliente, mas assume mais riscos e responsabilidades. O Vendor ganha previsibilidade, mas abre mão de controle e margem.
O desafio é avaliar o perfil do seu negócio: quem busca escala e branding pode se beneficiar do Vendor, enquanto quem quer testar produtos, ajustar preços e construir relacionamento direto com o consumidor deve apostar no Seller Central. Veja o comparativo detalhado [2].